González e Maria Corina Machado serão investigados por MP da Venezuela

Ministério Público acusa oposição de incitar desobediência à lei

Publicado em 06/08/2024 - 15:17 Por Gabriel Correa, repórter da Rádio Nacional - São Luís

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela convocou, pela segunda vez, os ex-candidatos e representantes dos partidos políticos que disputaram as eleições presidenciais no final de julho para acompanharem a verificação das atas que foram entregues nesta segunda-feira, 5, pelo Conselho Nacional Eleitoral, mais de uma semana após a eleição.

A presidente do Tribunal, Caryslia Rodríguez, disse que deve apurar todo o material recebido dentro de 15 dias, podendo haver extensão desse prazo. Segundo a juíza, os candidatos devem comparecer a partir desta quarta-feira, 7. Entre eles, o opositor Edmundo González, que questionou os resultados oficiais. Sua ida está marcada para 12 horas, horário de Brasília.

A organização não governamental de direitos humanos Foro Penal soma mais de mil pessoas detidas em protestos contra Nicolás Maduro desde o anúncio dos resultados oficiais da eleição.

Nesta segunda-feira, 5, Edmundo González divulgou uma carta às forças de segurança da Venezuela, pedindo para que os oficiais não reprimam as manifestações que contestam o resultado oficial e que policiais e militares ignorem o que a oposição chama de "ordens ilegais do governo Maduro". Edmundo González reafirmou que venceu a votação e assinou a mensagem como presidente eleito da Venezuela.

Depois da divulgação dessa carta, o Ministério Público da Venezuela comunicou que ele e María Corina Machado, líder da oposição, que também assinou a carta, incitaram policiais e militares a desobedecerem a lei. O órgão abriu investigação criminal contra González e a ex-deputada.

Nesta segunda-feira, 5, dezenas de ex-líderes de países de língua espanhola, integrantes do fórum não governamental Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas, enviaram carta pedindo ao presidente Lula um posicionamento a favor de Edmundo González na crise venezuelana.

Em viagem ao Chile, Lula disse que o respeito pela soberania popular e o compromisso com a paz levam o Brasil a defender o diálogo e a transparência nas eleições. O presidente brasileiro conversou com o presidente do Chile, Gabriel Boric, no Palácio de La Moneda, sobre a iniciativa junto ao México e Colômbia para se chegar a um entendimento sobre as eleições na Venezuela.

Durante essa viagem, Lula também recebeu um telefonema do presidente da França, Emmanuel Macron, elogiando o documento conjunto emitido por Brasil, Colômbia e México, incentivando o diálogo e buscando uma solução pacífica.

Edição: Leila dos Santos / L Pedrosa

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