Crivella já cumpre prisão domiciliar

Ele foi preso na terça por suspeita de corrupção na prefeitura do Rio

Publicado em 24/12/2020 - 10:25 Por Tâmara Freire - Rio de Janeiro

Depois de muitas idas e vindas jurídicas, o prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella está agora em prisão domiciliar. Ele deixou o presídio de Benfica na noite dessa quarta-feira (23), e já dormiu na sua casa, na Barra da Tijuca.

Preso na terça-feira (22), acusado de receber propinas de empresários que tinham contratos com a prefeitura, Crivella obteve o pedido da prisão domiciliar após uma decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, dada na noite do mesmo dia. Martins considerou que o prefeito, de 63 anos, faz parte do grupo de risco para a covid-19. Mas, nessa quarta-feira, o desembargador de plantão do Tribunal de Justiça do Rio, Joaquim Domingos de Almeida Neto, que deveria assinar o alvará de soltura, repassou a função para a desembargadora Rosa Helena Guita, relatora do processo.

A desembargadora, por sua vez, também não liberou Crivella imediatamente. À tarde, determinou que policiais fossem à residência do prefeito afastado para recolher telefones, computadores e outros equipamentos eletrônicos, e para fazer o corte de linhas telefônicas e de internet. Marcelo Crivella está proibido de manter contato com terceiros, exceto familiares próximos, profissionais de saúde e advogados.

A demora levou a defesa de Crivella a reclamar com o STJ, o que provocou uma nova decisão do ministro Humberto Martins, e a soltura imediata dele. O presidente da Corte decidiu que o Tribunal de Justiça deve prestar esclarecimentos, no prazo de 48 horas, sobre o não cumprimento imediato da sua primeira liminar.

Crivella foi detido a 9 dias de concluir o seu mandato, em um desdobramento da investigação que apura a existência de um QG da propina na prefeitura do Rio.

De acordo com o Ministério Público Estadual, um empresário, apontado como homem forte dele dentro do executivo municipal, organizava o pagamento de propina de empresários que queriam firmar contratos ou negociar dívidas. Parte dessa quantia era repassada ao próprio prefeito. O esquema, que estaria ativo desde a campanha de Crivella para a prefeitura em 2016, teria arrecadado pelo menos R$ 50 milhões.

 



 

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