Justiça do Rio condena PM e mulher por ocultação de provas

Ronnie Lessa foi acusado de destruir armas que mataram Marielle Franco

Publicado em 11/07/2021 - 15:27 Por Fabiana Sampaio - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

A Justiça do Rio de Janeiro condenou o policial militar reformado Ronnie Lessa, a mulher dele, o cunhado e outros dois acusados de envolvimento na destruição de provas dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em março de 2018. Os quatro, segundo a decisão, participaram de uma operação, no dia 13 de março de 2019, para retirada e destruição de armas que estariam escondidas por Ronnie Lessa em um apartamento alugado por ele, no bairro Pechincha, zona oeste do Rio.  

Ronnie Lessa, um dos suspeitos de matar a vereadora, foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão pela ocultação de armas que teriam sido utilizadas no crime. Já a mulher, o cunhado e os outros dois envolvidos foram condenados a quatro anos de reclusão pelo envolvimento na operação. Segundo as investigações, as armas foram retiradas da casa de Ronnie Lessa e jogadas no mar da Barra da Tijuca. Ele cumprirá a pena em regime fechado, já que se encontra preso na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho, em Rondônia, ao lado do ex-PM Élcio Queiroz, também acusado de envolvimento nas duas mortes. 

Já os outros quatro condenados tiveram as penas privativas de liberdade substituídas por penas restritivas de direitos para prestação de serviços à comunidade e limitação de fim de semana. Eles são obrigados a permanecer aos sábados e domingos, por cinco horas diárias, em casa de albergado ou outra instituição definida pela Vara de Execuções Penais.

O  juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da 19ª Vara Criminal da Capital, destacou na decisão que se trata  de grupo muito bem estruturado, ordenado com divisão de tarefas, para impedir e embaraçar as investigações em andamento. De acordo com o magistrado, as provas reunidas nos autos, o relatório policial e depoimentos prestados foram suficientes para apontar a participação de todos os acusados, de forma estável, na prática do crime. Os condenados ainda podem recorrer da decisão.
 

Edição: Francisco Brasileiro Marques de Sousa Neto

Últimas notícias
Justiça

AGU pede apuração de posts com divulgação de decisões de Moraes

A Advocacia-Geral da União solicitou ao Supremo Tribunal Federal a abertura de investigação sobre a divulgação de decisões judiciais determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes para retirar conteúdos considerados ilegais, postados por usuários da rede social X, antigo Twitter.

Baixar arquivo
Geral

Moraes autoriza PF aprofundar investigação sobre vacina de Bolsonaro

A Polícia Federal deverá esclarecer se Bolsonaro apresentou um cartão de vacinação falsificado ao entrar nos Estados Unidos, no final de 2022; e permanecer no país nos primeiros meses de 2023.

Baixar arquivo
Economia

INSS começa a pagar primeira parcela do décimo terceiro

Para quem recebe até um salário mínimo, os depósitos serão feitos até o dia 8 de maio. Já os segurados com renda mensal acima do piso nacional terão os pagamentos creditados a partir de 2 de maio. 

Baixar arquivo
Geral

Estudo revela que Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância

O levantamento, que teve como base as informações do Cadastro Único, mostra que o Bolsa Família reduziu a pobreza na primeira infância de 81% para 6,7%.

Baixar arquivo
Esportes

Confira resultados dos jogos de terça e próximas partidas de futebol

Pela Copa Sul-Americana, dois brasileiros em campo, o Athletico Paranaense visita o Danúbio no Uruguai. E o Bragantino recebe o Sportivo Luqueño, do Paraguai, em Bragança Paulista.

Baixar arquivo
Economia

Como declarar pensão alimentícia paga e recebida no Imposto de Renda?

O valor pago com pensões alimentícias pode ser deduzido do Imposto de Renda.

Baixar arquivo