Criptoativos apreendidos serão depositados em conta judicial

Publicado em 16/09/2021 - 14:16 Por Tatiana Alves- Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro
Atualizado em 17/09/2021 - 19:10

A Câmara Criminal do Ministério Público Federal – órgão vinculado à Procuradoria-Geral da República – fará a liquidação imediata dos criptoativos apreendidos durante a operação Kryptus, que desarticulou uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. Criptoativos são ativos virtuais, protegidos por criptografia, presentes exclusivamente em registros digitais.

O total apreendido, avaliado em cerca de R$ 150 milhões, vai ser depositado em uma conta judicial para destinação futura, a ser definida pela Justiça. A Câmara Criminal decidiu ainda criar um grupo de trabalho para auxiliar os procuradores em casos envolvendo moedas digitais.

Deflagrada em 25 de agosto, a Operação Kryptus é resultado de investigação conjunta promovida pelo MPF no Rio de Janeiro, Polícia Federal e Receita Federal. De acordo com a apuração, a empresa GAS Consultoria e Tecnologia, com sede em Cabo Frio, na Região dos Lagos, operava um sistema de pirâmides financeiras, envolvendo o mercado de moedas digitais. A empresa prometia aos clientes um retorno mensal de 10% sobre o valor investido em criptomoedas, mas sequer tinha registro junto aos órgãos regulatórios para fazer as transações prometidas.

Os criptoativos apreendidos na operação foram transferidos temporariamente para uma conta aberta pelo Ministério Público Federal numa corretora brasileira de bitcoins e criptomoedas. Isso porque as moedas digitais, armazenadas em corretoras de valores ou carteiras frias, poderiam ser movimentadas pela organização criminosa, já que as transações são feitas sem intermediários, por meio de chaves privadas que podem ser recuperadas à distância.

*Atualização 17/09, às 19h10: Por meio de nota, a empresa GAS Consultoria e Tecnologia informou que é preciso aguardar o término das investigações. A nota diz ainda que a empresa não tem perfil de pirâmide, pois registra seus contratos em cartório, coisa que pirâmide não faz. E alega que nunca deixou de cumprir tais contratos.

Edição: Leila Santos / Beatriz Arcoverde

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