O julgamento da Tüv Süd na Justiça alemã terá nova audiência em fevereiro do ano que vem. A multinacional foi a responsável pela elaboração do laudo que atestava a segurança da barragem B1 da mina Córrego do Feijão em Brumadinho que rompeu no dia 25 de janeiro de 2019 matando 270 pessoas e dois fetos de mulheres grávidas. O julgamento começou nesta terça-feira (28), mas três juízes da Corte de Munique pediram um prazo de cinco meses para analisar os documentos da ação.

No Brasil, a empresa e cinco funcionários também vão ser julgados. Eles foram acusados por diversos crimes ambientais e por homicídio doloso duplamente qualificado. Caso sejam condenados, as penas para o crime de homicídio podem variar entre 12 e 30 anos para cada pessoa morta. Ainda não há data marcada para o julgamento no Brasil. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a ação criminal está com prazo em curso para apresentação das respostas à acusação pelos réus.

Esse prazo de 90 dias havia sido suspenso em virtude da necessidade de análise de questões técnicas bem como em decorrência da pandemia do coronavírus que suspendeu os cursos dos processos criminais. O TJ diz ainda que, tão logo sejam apresentadas, as respostas serão analisadas com as celeridade que o caso demanda.