A Polícia Federal iniciou na manhã desta terça-feira (22) a segunda fase da Operação Desmascarados, que investiga possíveis fraudes no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, administrado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. A unidade, situada na Tijuca, zona norte da capital fluminense, abriga cursos de graduação e pós-graduação e presta assistência totalmente ao Sistema Único de Saúde, em especial nas áreas de média e alta complexidade, ambulatorial e hospitalar.
Os agentes buscam cumprir cinco mandados de busca e apreensão, nas cidades de Mesquita, na Baixada Fluminense, e do Rio, expedidos pela Quinta Vara Federal Criminal.
As investigações tentam apurar ilegalidades na contratação de empresa especializada em serviços de manutenção predial do Hospital Universitário. Segundo a PF, os indícios de crime foram reunidos através da análise de documentos apreendidos durante a primeira fase da operação, deflagrada em fevereiro de 2021, e também através de relatórios de auditoria da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e da Controladoria-Geral da União.
Segundo as investigações, há indícios de direcionamento no resultado e superfaturamento no valor total da contratação, de cerca de R$ 2 milhões.
Ainda de acordo com as apurações, a empresa vencedora, constituída apenas um mês antes do processo licitatório, possui seu quadro societário formado por “laranjas”.
Os policiais federais cumprem os mandados de busca e apreensão em endereços vinculados a particulares e servidores públicos suspeitos de participação no esquema criminoso.
As investigações têm como base documentos apreendidos na primeira fase da operação e relatórios de auditoria da Controladoria-Geral da União e da própria Ebserh, estatal que administra o Gaffrée e Guinle e outros hospitais universitários federais.