Delegada flagrada com R$ 2 milhões em espécie é mantida presa no RJ
Publicado em 11/05/2022 - 18:20 Por Tatiana Alves - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro
Após audiência de custódia nesta quarta-feira (11), a Justiça decidiu manter a prisão da delegada Adriana Belém, afastada da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A portaria com a exoneração do cargo que ela ocupava na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro, está publicada no Diário Oficial.
Adriana Belém vai permanecer presa no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro, para onde foi transferida nessa terça. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil vai solicitar acesso às investigações para dar andamento aos processos administrativos necessários.
Durante operação do Ministério Público de combate ao crime organizado, foram apreendidos no apartamento de Adriana Belém, em um condomínio na Barra da Tijuca, quase R$ 2 milhões em espécie. Para os promotores de Justiça, o valor encontrado “é um forte indício de lavagem de dinheiro.
A defesa da delegada informou que qualifica a prisão como prematura e desnecessária e que vai tentar que o juiz reconsidere a decisão. A nota explica que o pedido foi feito antes mesmo da contagem dos valores.
Adriana Belém é acusada de acobertar um esquema de jogos de azar ligados a Rogério de Andrade e ao policial militar reformado Ronnie Lessa, denunciado como executor do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em 14 março de 2018.
Na mesma operação, foi preso o delegado de polícia Marcos Cipriano, transferido para Bangu 8, na zona oeste do Rio. Os promotores apreenderam na casa de Cipriano uma cópia da decisão da Justiça, definida na noite de segunda-feira, determinando a prisão dele, o que aponta para vazamento da ação.
Edição: Nádia Faggiani / Guilherme Strozi