O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse nesta quarta-feira (20) que espera que o caso Marielle tenha um desfecho o mais rápido possível. Mas que até o momento, tudo o que se sabe sobre o conteúdo da delação de Ronnie Lessa, réu pela execução do crime, são fofocas.
Por enquanto, quatro pessoas foram presas pelo crime ocorrido em 2018.
O ex-policial militar Ronnie Lessa teria disparado os tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. Já o ex-PM Élcio de Queiroz, confessou em delação premiada, que dirigiu o carro usado no crime. Ambos foram presos um ano após o crime, quando a força tarefa de investigação envolvia apenas a Policia Civil fluminense e o Ministério Público Estadual.
Já no ano passado, após a entrada da Policia Federal no caso, também foram presos o ex-bombeiro Maxwell Simões, acusado de descartar as armas e munições utilizadas, e o dono de um ferro velho, Edson dos Santos, que teria ajudado os assassinos a se desfazerem do veículo.
Nesta quarta-feira, o Ministro da Justiça Ricardo Lewandowski confirmou que a delação de Ronnie Lessa foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal, o que indica que o caso pode estar perto do seu desfecho.
O fato das investigações terem sido encaminhadas ao Supremo também sinaliza o possível envolvimento de pessoa com foro privilegiado.
A declaração do governador do Rio de Janeiro foi dada após uma reunião com o presidente Lula, no Palácio do Planalto. Ele também falou sobre a operação que prendeu 16 policiais acusados de integrarem uma organização criminosa ligada ao contraventor Rogério de Andrade.
Castro também ressaltou que a operação conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar. A ação desta quarta é um desdobramento da operação Calígula, deflagrada em maio de 2022, contra uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade, em parceria com Ronnie Lessa. A Polícia Militar informou, em nota, que vai instaurar um procedimento interno para apurar os fatos e contribuir com as investigações do MP.