Ministro de Minas e Energia diz que vazamento não afetará leilões de petróleo
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta terça-feira que não faltam recursos para combater o vazamento de petróleo no Nordeste.
As manchas de óleo começaram a chegar às praias no fim de agosto, e atingiram mais de 200 localidades em todos os estados da região. Desde então, foram recolhidas mais de 1 mil toneladas do produto, que ainda tem origem desconhecida, numa extensão de 2,5 mil quilômetros. Diante disso, o ministro também não vê prejuízo político para o governo por causa do vazamento.
“O governo está fazendo tudo o que lhe compete para minimizar os danos, fazendo uma investigação séria para tentar descobrir a origem. Mas o mais importante agora é minimizar os danos. Ele também está adotando algumas políticas públicas em defesa, por exemplo, dos pescadores no Nordeste, e prestando todo o apoio aos governos estaduais e municipais”.
Albuquerque participou nesta terça feira de uma conferência internacional de petróleo e gás que está sendo realizada no Rio de Janeiro, e acrescentou que o episódio não afeta as previsões de leilões de novas áreas de exploração.
O ministro inclusive espera grande concorrência para as rodadas, marcadas para os dias 6 e 7 de novembro. Primeiro o governo vai ceder os direitos de exploração dos excedentes da cessão onerosa feita à Petrobras em 2010, em quatro áreas na bacia de Santos. No dia seguinte, faz a sexta rodada de partilha do pré-sal, ofertando quatro áreas na bacia de santos e uma na bacia de Campos.
“Como nós sabemos, esse óleo que foi encontrado nas praias do Nordeste não é de origem brasileira, então não tem nada a ver com a atividade de óleo e gás no Brasil, com os leilões. Eles vão continuar sendo realizados normalmente, dentro do planejamento que nós temos. Os dois leilões que já realizamos nesse ano foram um sucesso, e nós temos perspectivas muito positivas para os outros dois leilões que serão realizados na próxima semana”.
A sexta rodada também já é recorde em empresas interessadas, com 17 companhias credenciadas pela Agência Nacional do Petróleo. Vencerão os consórcios as que oferecerem a maior porcentagem de óleo produzido para a União, que também recolhe os bônus de assinatura pela autorização para a exploração.