Presidente da Cedae diz não saber origem de detergente na água do Guandu
Estação Guandu
Publicado em 04/02/2020 - 20:09 Por Tatiana Alves - Rio de Janeiro
Após interromper as operações na Estação de Tratamento de Água, a Cedae, responsável por cerca de 80% do abastecimento na região metropolitana do Rio de Janeiro, a empresa reuniu a imprensa para explicar a medida. A Companhia de Águas e Esgotos paralisou o Sistema Guandu, após identificar a contaminação por detergente.
O presidente da Cedae, Hélio Cabral, disse que não sabe qual a origem do detergente encontrado na segunda-feira (3), na estação, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
O gerente de Controle de Qualidade da Água da Cedae, Sérgio Marques, disse que o problema foi pontual.
O serviço foi interrompido por cerca de 15 horas, depois que uma análise laboratorial identificou a presença de detergente na água bruta que chega à estação. A companhia monitorou a água até as análises darem negativo, quando então a captação foi retomada.
A Cedae, que abastece 9 milhões de consumidores, comunicou que o fornecimento de água poderá levar até 72 horas para se restabelecer completamente.
O surgimento do detergente na Estação de Guandu aconteceu ao completar um mês do aparecimento da geosmina, apontada pela Cedae como a substância causadora de alterações no gosto, aspecto e cheiro da água.
A companhia abriu investigações internas para apurar o problema e os laudos serão encaminhados à Polícia Civil.
Equipes da Delegacia de Defesa de Serviços voltaram, nesta terça-feira, à Estação de Tratamento do Guandu para apurar se houve sabotagem, mas até o momento nada foi concluído.