O Pantanal já registrou mais de 16 mil focos de incêndios desde o início deste ano, sendo mais de seis mil só agora em setembro, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve nesta quinta-feira (24) em Poconé (a 100 quilômetros da capital mato-grossense, Cuiabá) para acompanhar de perto o trabalho de combate às chamas. No município, 300 mil hectares de mata já foram queimados.
Como choveu nos últimos dias, os incêndios na região diminuíram, mas a secretária de Meio Ambiente de Poconé, Danielle Assis, avalia que a situação pode piorar.
Quarenta e dois bombeiros da Força Nacional de Segurança Pública, ligada ao Ministério da Justiça, foram enviados a Mato Grosso para ajudar no combate ao fogo, que já destruiu 12% da vegetação, segundo o Inpe. Além dos homens, haverá o reforço de um helicóptero. Os militares devem ficar na região por 30 dias.
Por causa da situação difícil, o governo do estado decretou calamidade pública. Segundo o governo local, mais de R$ 22 milhões já foram utilizados para combater o fogo desde o início do ano.
Para se ter uma ideia da destruição, mais de 50% da vegetação do Parque Encontro das Águas, que fica em Poconé, já foi destruída. A secretária de Meio Ambiente, Danielli Assis, explica que a cidade agora trabalha para evitar futuros focos de incêndios.
Além do Pantanal, a Amazônia também sofre com as queimadas. Na região já foram registrados pelo Inpe mais de 72 mil pontos de fogo de janeiro até o dia 23 deste mês. Apenas em setembro, já são quase 20 mil focos. A Operação Verde Brasil 2 do governo federal, coordenada pelo Conselho Nacional da Amazônia, atua no combate de incêndios na Floresta Amazônica.