Ação humana provoca eventos climáticos extremos, afirma especialista

A cidade de São Paulo foi castigada no fim da tarde de quinta (14) por uma tempestade que assustou os moradores da capital. O centro de gerenciamento de emergências registrou ventos de até 60 km na região de Santana na zona norte e três pontos de alagamento em toda a cidade. Além disso, a chuva e o vento forte derrubaram 56 árvores, de acordo com os números do corpo de bombeiros.

No interior, na região de Ribeirão Preto, uma nova tempestade de areia também foi registrada pelos moradores da região nessa quinta-feira, seguida de tempestade que derrubou mais de 100 árvores, de acordo com informações do Major Palumbo, do corpo de bombeiros.

No caso das tempestades de areia, o Major Palumbo orientou o que dever ser feito.

De acordo com a professora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP Rachel Albrecht, os eventos climáticos extremos, sejam eles grandes tempestades ou secas duradouras estão ocorrendo de forma mais frequente por causa da ação humana no clima, com a geração de mais gases do efeito estufa.

Ela também alerta que parte dessas mudanças climáticas podem se tornar irreversíveis, mas cabe à sociedade e aos governos encontrarem formas de substituir e utilizar fontes renováveis ou menos poluidoras de energia de forma a evitar mais emissão de gases na atmosfera.

No relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança de Clima da ONU, divulgado em agosto deste ano, a temperatura do mundo deve aumentar em 2 graus centígrados antes do fim do século trazendo grandes repercussões na vida do planeta. O painel também registrou um aumento no número de eventos climáticos extremos em mais de cinco vezes comparando os anos 70 com os anos 2000.

* Com produção de Lucineia Marques.