Cinco municípios brasileiros têm risco de danos estruturais
Publicado em 28/07/2022 - 15:54 Por Sayonara Moreno - Repórter da Rádio Nacional - undefined
Cinco cidades brasileiras têm risco de danos estruturais, causados por eventos de natureza geológica: Alvarães, no Amazonas; Cordeirópolis, em São Paulo; Belo Oriente, Minas Gerais; Chaves, no Pará; e Batalha, em Alagoas. O alerta foi emitido pelo Serviço Geológico do Brasil, que publicou, nesta semana, a chamada Setorização de Áreas de Risco Geológico.
Os trabalhos foram realizados em campo, onde os geólogos buscaram identificar áreas urbanas dos municípios, que estão sujeitas a sofrerem perdas geológicas. A análise leva em conta as características do meio físico local, que podem levar a processos como “movimentos de massa, enchentes, inundações, erosões”, entre outros.
O pesquisador Tiago Antonelli explica que todos os trabalhos produzidos e os alertas nos municípios são enviados aos prefeitos municipais.
Segundo ele, o relatório oferece informações relevantes para o poder público tomar medidas de prevenção dos desastres e salvar vidas e bens materiais.
Segundo o documento, a cidade de Alvarães, no Maranhão, foi identificada como área de “muito alto risco” desde a última avaliação de 2014. Isso devido à expansão da cidade em zonas de igarapés, com solo muito úmido.
Em Chaves, no Pará, foram identificadas 15 áreas de risco, sendo a maior parte próxima à costa da ilha de Marajó, onde costuma chover muito. Em Alagoas, na cidade de Batalha, as inundações afetaram milhares de moradores, devido à expansão da área urbana e o excesso de chuvas. Em Cordeirópolis, São Paulo, a gestão amenizou a situação, após os alertas de 2015. Com isso, reduziu de 85 imóveis em áreas de alto risco, para cinco.
E em Belo Oriente, Minas Gerais, as intervenções humanas nas áreas de encosta geram o risco de movimentos de massa, responsável por 16 dos 23 setores de risco identificados.
Todas as informações sobre análises geológicas estão disponíveis no site do Serviço Geológico do Brasil, na internet. O órgão está vinculado ao Ministério de Minas e Energia.
Edição: Nádia Faggiani/ Renata Batista