Instituto Pasteur, Fiocruz e USP vão realizar pesquisas juntos
Publicado em 08/06/2015 - 21:29 Por Raquel Junia - Rio de Janeiro
O Instituto Pasteur, referência mundial de pesquisa em saúde, assinou nesta segunda-feira (8) uma parceria com a Universidade de São Paulo e com a Fundação Oswaldo Cruz para a criação de polos de pesquisa conjuntos. Os laboratórios mistos, vão funcionar na USP, em São Paulo, e nos campi da Fiocruz espalhados pelo país. O trabalho será voltado para a busca de tratamento de doenças emergentes, como a dengue, e doenças negligenciadas, que acometem mais populações de baixa renda, como a doença de chagas e a malária. O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, detalha que a parceria abre caminhos para uma futura instalação do Instituto Pasteur no Brasil, administrado conjuntamente pelas três instituições, de uma forma inovadora.
O acordo foi assinado entre o presidente da Fiocruz, o reitor da USP, Marco Antônio Zago, e o presidente do Instituto Francês, Christian Bréchot, durante o primeiro Simpósio Científico sobre Doenças Infecciosas, Biologia Computacional e Neurociências Fiocruz-Pasteur, que está sendo realizado nesta segunda (8) e terça-feira (9), no campus da Fiocruz, em Manguinhos, na zona Norte do Rio. De acordo com Paulo Gadelha, nesta terça-feira, a delegação do Instituto Pasteur viaja a Rondônia, onde a Fiocruz e a USP mantém unidades de pesquisa, para conhecer a realidade sanitária da região.
Entre outras áreas, as instituições também vão trabalhar de forma conjunta em pesquisas sobre doenças do sistema nervoso, outras causas de mortalidade ligadas ao aumento de expectativa de vida e à urbanização, como hipertensão e diabetes, além de estratégias para tratamento de dados. O Instituto francês fundado por Louis Pasteur tem presença em mais de 20 países em todos os continentes e o foi o primeiro do mundo a conseguir isolar o vírus HIV, o que representou um grande avanço para o tratamento da Aids.