O Instituto de Tecnologia em Fármacos, Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, acaba de finalizar a produção dos primeiros lotes do medicamento tacrolimo, utilizado continuamente por pacientes transplantados de rim e fígado.
A medicação era produzida pela indústria privada nacional Libbs Farmacêutica, mas, por meio de um acordo de transferência de tecnologia, passou a ser produzida por Farmanguinhos.
De acordo com a Fiocruz, a parceria, que já dura cinco anos, resultou em uma economia de cerca de R$ 980 milhões aos cofres públicos por tornar a medicação mais acessível aos usuários do SUS. A expectativa é de que a economia possa ser ainda maior com a continuidade da produção após o credenciamento de Farmanguinhos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como local de fabricação do remédio.
Segundo a Fiocruz, atualmente cerca de 34 mil brasileiros fazem uso do medicamento, que é um imunossupressor, ou seja, reduz a atividade do sistema imunológico para que não haja rejeição dos órgãos após o transplante.
Em todo o país, são realizados mais de seis mil novos transplantes de rins e mais de mil de fígado anualmente. O tacrolimo é usado por toda a vida de uma pessoa transplantada.
Ainda de acordo com a Fiocruz, a expectativa é de que outros medicamentos da mesma categoria terapêutica passem a ser produzidos também por Farmanguinhos. Um deles é o everolimo, utilizado em pacientes com câncer renal, e que assim como o tracolimo consta na lista de medicamentos estratégicos do SUS.




