Pesquisadores brasileiros anunciam descoberta de espécie de lagostim
Pesquisadores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro; e das Universidades do Cariri, no Ceará, e Federal do Espírito Santo descobriram uma nova espécie de lagostim, um tipo de crustáceo, com mais de 70 milhões de anos.
O fóssil foi encontrado em 2016, na Ilha James Ross, na Antártica, em expedição realizada pelo Projeto Paleontar, financiado pelo governo federal, como explica da paleontóloga Juliana Sayão, do Museu Nacional.
As rochas onde foram encontrados os fósseis da nova espécie sugerem que ele vivia em ambientes marinhos rasos, com fundo arenoso e grande presença de tubarões e corais. E com uma temperatura mais elevada do que as registradas atualmente.
O anúncio da descoberta foi feito, nesta quinta-feira, durante a apresentação do lagostim. O diretor do Museu Nacional, pesquisador Alexander Kellner, ressaltou a importância da descoberta para a ciência e a comunidade em geral.
De acordo com os pesquisadores, apesar de não ter representantes atuais, os fósseis desse gênero de lagostim foram encontrados em diferentes partes do mundo, em um total de 67 espécies.
No entanto, no continente Antártico, eram conhecidas, até o momento, apenas três espécies.
Segundo os estudos, a estrutura espinhosa é uma das principais características que diferenciam esta das outras espécies anteriormente descobertas. As pernas, em formato de pinça, sugerem ainda que essa nova espécie seria um predador de emboscadas.