Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Serviço Geológico do Brasil, do Ministério de Minas e Energia, encontraram pegadas e fósseis de dinossauros em rochas que já foram a margem de um imenso ambiente desértico. A descoberta aconteceu onde hoje é o município de Nioaque, em Mato Grosso do Sul e estima-se que, a partir do tamanho das pegadas, esses animais tinham até seis metros de comprimento.
As rochas dessa região eram até então consideradas de origem glacial, com idade de 300 milhões de anos. O estudo demonstrou que elas foram formadas por um antigo sistema de rios que margeava um deserto de dunas, semelhante ao Saara, no continente africano.
Com o passar do tempo, esses rios secaram e foram substituídos pelo grande deserto, que chegou a cobrir uma ampla área entre o Uruguai e Mato Grosso do Sul.
Além das pegadas de dinossauros, os pesquisadores coletaram fósseis de um pequeno invertebrado, encontrados em uma paleotoca, que é uma espécie de toca cavada por animais extintos que viviam em parte em abrigos subterrâneos.
Os fósseis coletados na etapa de campo desta pesquisa estão depositados no Museu de Ciências da Terra, Serviço Geológico do Brasil, no Rio de Janeiro.