A USP, Universidade de São Paulo, já figura há um bom tempo, entre as universidades de maior destaque, no mundo. Segundo a Universidade de Leiden, na Holanda, a instituição pública paulista é a nona em produção científica, no ranking mundial. Já, no contexto da pandemia de covid-19, desde o ano passado até março deste ano, a USP produziu quase três mil trabalhos sobre a doença.
O pró-reitor de pesquisa da USP, professor Sylvio Canuto, atribui o sucesso da universidade ao histórico de levar como bandeira, a produção de pesquisa e ao fato de que diversas áreas do conhecimento estão empenhadas nos estudos sobre a covid, não somente os pesquisadores da saúde. Ele cita os estudos de maior destaque sobre a pandemia, na USP, como o sequenciamento genético do coronavírus, a inativação do vírus e sete linhas de pesquisa para a vacina, inclusive uma que seria um spray nasal.
A USP ocupa a posição 33, em todo o mundo, entre as universidades que mais produziram ciência sobre a covid-19. O ranking é da empresa Clarivate Analytics considerada referência em bibliografia científica. O Brasil responde a mais de 3% de toda a ciência produzida sobre a covid, até o momento, com publicações nas melhores revistas científicas do mundo.
Muitos não sabem, mas a USP é uma universidade estadual com autonomia e orçamento previsto pelo Estado de São Paulo. Sylvio Canuto acredita que a garantia de recursos favorece o planejamento de pesquisas e a continuidade delas. Para ele, se faltam investimentos em pesquisas, aqui no país, as universidades brasileiras podem perder grandes talentos na ciência, para as estrangeiras.
O pró-reitor de pesquisa da USP defende a criação de um projeto nacional para incentivar e manter a pesquisa, no Brasil. Ele acredita que o projeto deve ser de longo alcance para a ciência brasileira se desenvolver e ser valorizada.