Os presidentes das construtoras Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, foram presos na décima quarta fase da Operação Lava Jato.
A Operação, chamada de Erga Omnes pela Polícia Federal, investiga crimes como formação de cartel, fraude a licitações, corrupção e desvio de dinheiro público.
Segundo o delegado Igor de Paula, as investigações indicam que esses executivos tinham conhecimento dos delitos cometidos dentro das empresas relacionados à Petrobras.
O delegado afirmou ainda que há uma estimativa de que a propina paga em contratos da Odebrecht com a Petrobras chegaria a 510 milhões de reais e em relação à Andrade Gutierrez, o valor seria em torno de 210 milhões de reais. Segundo as investigações, esse dinheiro era pago no exterior.
De acordo com o procurador da República, Carlos dos Santos Lima, as empreiteiras revelam um esquema de corrupção mais sofisticado, porque elas lideravam um cartel de construtoras.
As empresas divulgaram nota sobre o caso. Segundo a Odebrecht, a ação é desnecessária porque a empresa sempre esteve à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
A Andrade Gutierrez disse que estranha as prisões porque a empresa também vem colaborando com a Polícia Federal e negou qualquer relação com os fatos apurados. A construtora informou ainda que espera esclarecer todos os questionamentos da Justiça o quanto antes.
A décima quarta fase da Operação Lava Jato envolveu quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.





