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Política

Sindicalistas fazem ato contra abertura de capital de empresas públicas do DF

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Victor Ribeiro
23/06/2015 - 20:58
Brasília

Representantes dos trabalhadores da Caesb, da CEB e do BRB marcaram para esta quarta-feira um ato, na abertura da sessão deliberativa da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

 

Eles buscam apoio dos deputados distritais para enviar uma carta ao governador Rodrigo Rollemberg. No documento, os sindicalistas pedem que o governador retire a proposta de abrir o capital das três empresas públicas do DF.

 

Para eles, a receita do lucro dessas empresas passaria a ter como ingrediente principal o corte de direitos trabalhistas.

 

Sonora: " Com abertura de capital o acionista tende a explorar mais o lucro advindo do investimento que ele fez. Para o trabalhador, o que se espera? Arrocho salarial, corte de benefícios e terceirização."

 

Edmilson e outros sindicalistas passaram de gabinete em gabinete para tentar sensibilizar os deputados distritais contra a medida proposta pelo governador.

 

O deputado Chico Vigilante, líder da oposição na Câmara Legislativa, acredita que a abertura de capital das estatais do DF pode prejudicar diretamente a população.

 


Sonora: À medida que você abre o capital, vendendo ações da Caesb e da CEB, que entra o capital especulativo, privado, o objetivo deles são os lucros. Então, eu vislumbro tarifas mais caras da Caesb, da CEB e do próprio BRB. E aquele lucro, em vez de reinvestir para fortalecer as empresas e ajudar mais a prestação de alguns serviços, vai servir exclusivamente para enriquecer alguns beneficiados por esse projeto de privatização."

 

Para a presidenta da Câmara Legislativa do DF, deputada Celina Leão, do PDT, o destino do lucro da venda das estatais é o principal problema da proposta do governador Rodrigo Rollemberg. Ela acrescenta que, se o governador não modificar o projeto de lei, será derrotado em plenário.

 


Sonora: "Alguns trabalhadores, alguns sindicatos ligados a essas empresas têm colocado até o projeto de se abrir esse mercado de capitais, mas que o recurso apurado no mercado financeiro retornasse às empresas públicas e não indo para uma conta única. A gente poderia ampliar esse debate, mas isso ainda não foi feito. A gente optou por discuti-lo no próximo semestre. Aí, sim, ou retirarmos o projeto aqui na Câmara ou o governo retirar o projeto daqui."

 

Celina Leão, Chico Vigilante e outros doze deputados já aderiram ao documento contra a abertura de capital das empresas públicas do DF.

 

A reportagem tentou contato com o GDF para saber se existe intenção do governador retirar ou alterar a proposta, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.

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