Collor e Renan criticam métodos | usados em ação da Polícia Federal

Publicado em 14/07/2015 - 22:44 Por Juliana Russomano - Brasília (DF)

O presidente do Senado, Renan Calheiros, criticou a ação da Polícia Federal, que cumpriu nesta terça-feira (14) 53 mandados de busca e apreensão nas residências dos senadores Fernando Collor de Mello, do PTB, Ciro Nogueira, do PP, e Fernando Bezerra, do PSB.

 

Renan leu uma nota assinada pela mesa diretora do Senado, que afirma que os métodos usados pela Polícia Federal beiram a intimidação.

 

O diretor da Polícia do Senado Federal, Pedro Ricardo Araújo, reclamou da operação.

 

A Procuradoria-Geral da República afirmou que não houve irregularidades. Em nota, informou que a Polícia Legislativa do Senado não participou da operação porque os mandados foram cumpridos nos apartamentos funcionais dos investigados, que, no entendimento da Procuradoria, não são considerados extensões das dependências do Senado.

 

Os mandados foram autorizados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowki. Esta é a primeira ação de busca e apreensão da Lava Jato autorizada pelo STF.

 

Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal, na Bahia, Pernambuco, Alagoas, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Durante a operação, foram apreendidos na casa de Collor três carros esportivos, avaliados em cerca de R$ 6 milhões.

 

O senador fez duras críticas à ação da Polícia Federal e ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

 

Os senadores Ciro Nogueira e Fernando Bezerra se manifestaram por meio de nota. Nogueira informou que “os últimos atos da Justiça fazem parte do processo regular de investigação”. Ele reafirmou sua “confiança na apuração para que a verdade prevaleça”.

 

Fernando Bezerra também manifestou sua “confiança no trabalho das autoridades que conduzem o processo e disse que continua à disposição para fornecer todas as informações que lhe forem demandadas”.

 

A operação da Polícia Federal também fez buscas na residência do deputado Eduardo da Fonte, do PP. Procurada pela reportagem, a assessoria do deputado disse que iria enviar uma nota, mas até o fechamento dessa matéria o comunicado não havia chegado.

 

De acordo com a Polícia Federal, os investigados podem responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, fraude e organização criminosa.

 

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