O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, apresentou uma versão atualizada da proposta de orçamento para o ano que vem, durante audiência na comissão mista de orçamento. A primeira versão, divulgada no fim de agosto, previa déficit de R$ 30,5 bilhões. De acordo com o ministro, nos últimos 30 dias, o governo federal ampliou as medias de ajuste fiscal e revisou o resultado do orçamento. Para Barbosa, se todas as ações do governo foram aprovadas na Câmara dos Deputados e no Senado, as contas públicas podem fechar 2016 com superávit de R$ 34 bilhões.
O ministro do Planejamento respondeu a perguntas de parlamentares, muitas sobre a volta da CPMF. Ele descartou trocar essa medida pelo aumento da CID, Contribuição sobre Combustíveis. Nelson Barbosa admitiu que seria mais fácil aumentar a CID, mas alertou que combustível mais caro seria ruim para a inflação. O ministro também apoiou uma reforma previdenciária, mas afirmou que os efeitos só seriam sentidos daqui a alguns anos.
Sobre o corte de gastos, Nelson Barbosa destacou que em casos como o PAC e a Saúde, os próprios parlamentares podem destinar emendas para compensar esses valores. O ministro do Planejamento pediu esforço de todos os setores.
Deputados e senadores têm até o dia 20 de outubro para destinar verbas a partir das emendas parlamentares. Depois disso, o governo federal terá 20 dias para revisar o projeto do orçamento para o ano que vem. A previsão é que o Legislativo vote a Lei Orçamentária no dia 10 de novembro.




