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Política

Oposição entrega novo pedido de impeachment contra Dilma

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Priscilla Mazenotti
21/10/2015 - 13:02
Brasília (DF)

O 28º pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff desde o início do ano foi protocolado na Câmara nesta quarta-feira (21). Até agora, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou 20 deles.

 

Nesse último pedido, foram incluídos dois pontos que não estavam em processos anteriores: um é a ação que está no Tribunal de Contas da União (TCU), e que investiga se houve irregularidades nas contas de 2015. O outro são quatro decretos presidenciais que teriam sido editados pelo governo e que abriram créditos sem autorização do Congresso, o que é vedado pela lei, como explicou o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM).

 

Sonora: "Esses quatro decretos perfazem um total de R$ 820 milhões, créditos abertos sem autorização do Congresso Nacional. Isso já foi motivo da rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff e um eventual crime de responsabilidade a qual ela deverá ser imputada"

 

A petição entregue nesta quarta-feira (21) tem 64 páginas, além de vários anexos, e conta com o apoio de alguns movimentos sociais, entre eles, o Movimento Brasil Livre. Caberá, agora, ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, dar prosseguimento ou não a esse pedido.

 

Um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre, Kim Kataguire, admitiu que é um constrangimento que, justamente a decisão sobre a continuidade do processo esteja nas mãos de Eduardo Cunha, que responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal por corrupção. 

 

Mas diz que Cunha está na posição institucional de presidente da Casa e que é dele a função de receber pedidos contra presidentes da República. 

 

Sonora: "Infelizmente causa, mas é a única pessoa que institucionalmente pode aceitar nosso pedido de impeachment."

 

Não há prazo para Eduardo Cunha decidir se acata o pedido ou não. Se não acatar, a proposta será arquivada. Se aceitar, será criada uma comissão especial para discutir o assunto.

 

Para ter um processo de impeachment aberto, são necessários os votos de, pelo menos, 342 dos 513 deputados. Se aprovado, segue para o Senado, que é quem tem a competência constitucional de julgar presidentes da República.

 

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*Áudio atualizado às 13h45 de 21/10/15

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