Depois de uma semana vazia por causa do Carnaval, o Congresso Nacional retoma os trabalhos.
Na Câmara, o Conselho de Ética volta a debater o processo contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha, do PMDB.
A aprovação do relatório que pedia a continuação da investigação contra o parlamentar foi anulada pelo vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão, do PP.
Waldir argumentou que não foi dado o pedido de vista ao processo no dia da votação. O presidente do conselho, José Carlos Araújo, do PSD, promete recorrer.
Com a anulação, Cunha ganha tempo e volta a ter dez dias para uma nova defesa. Ele é acusado de mentir na CPI da Petrobras sobre contas no exterior.
Outro parlamentar também deve enfrentar o Conselho de Ética esta semana, mas do lado do Senado. O ex-líder do governo, Delcídio do Amaral, afastado pelo PT, têm até quinta-feira (18) para apresentar a defesa.
O senador continua preso pela Operação Lava Jato acusado de tentar atrapalhar as investigações.
A votação da bancada do PMDB para definir o líder do partido na Câmara também deve movimentar a semana. O governo espera manter o atual líder, Leonardo Picciani.
A definição da liderança do PMDB é fundamental para a análise do impeachment, uma vez que é o líder quem escolhe os membros da comissão.
O projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo pode entrar na pauta da semana na Câmara.
A principal polêmica é em torno da possível utilização do conceito de terrorismo para manifestações e protestos.
No Senado, a semana começa com a análise, em plenário, do projeto de lei sobre as empresas públicas e de economia mista do país.
A proposta prevê, entre outros pontos, que todas as empresas sejam constituídas na forma de sociedade anônima. Ou seja, que tenham o capital financeiro dividido por ações e com fins lucrativos.
Movimentos sindicais prometem pressionar senadores para mudar esse artigo, que consideram uma privatização.