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Política

Entenda a importância da escolha do novo líder do PMDB da Câmara

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Priscilla Mazenotti
17/02/2016 - 09:12
Brasília

Com 67 deputados, o PMDB da Câmara elege seu novo líder nesta quarta-feira (17). Na disputa temos de um lado Leonardo Picciani, do Rio de Janeiro, que espera ser reconduzido ao cargo.


Ele, que tem uma posição de alinhamento com o Palácio do Planalto, recebeu críticas e chegou a ser destituído do cargo, por uma semana, acusado de escolher deputados governistas para compor a comissão do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.


Do outro lado está Hugo Motta, da Paraíba. Escolhido pela ala considerada rebelde do partido foi presidente da CPI da Petrobras, que terminou sem nenhum pedido de indiciamento de parlamentar citado na Operação Lava Jato.


No meio de campo estão deputados do maior partido na Casa e que será responsável, neste primeiro semestre, por decidir o futuro da presidenta Dilma Rousseff, caso o processo de impeachment tenha andamento na Câmara, e o futuro do próprio presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), que responde a processo no Conselho de Ética e, por isso, corre o risco de perder o mandato.


O cientista político Geraldo Tadeu Moreira entende que essa eleição será decisiva para os meses que virão. “Dentre os principais partidos [o PMDB] é aquele que tem maior penetração, maior homogeneidade na distribuição pelo país”, disse.


Ele acrescentou que o PMDB é o “centro do sistema político” e, para o lado que pender, pode ter uma mudança de correlação de forças dentro do Congresso.


Os líderes têm uma função de articulação política dentro da bancada. Cabe a eles, por exemplo, indicar os membros das comissões, inclusive da Comissão Especial do Impeachment.


Eles também orientam como os deputados devem agir nas votações dos projetos e podem pedir que uma votação seja secreta ou tenha prioridade. Será eleito líder do partido aquele que tiver a maioria dos votos, ou seja, 37 deputados.

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