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Política

Senadores se articulam para ganhar tempo na Comissão do Impeachment

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Lucas Pordeus Leon
16/06/2016 - 07:52
Brasília

A Comissão do Impeachment ouviu nessa quarta-feira (15) três testemunhas de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff. Os depoentes são funcionários ou ex-funcionários de ministérios envolvidos nos decretos suplementares assinados por Dilma Rousseff em 2015.


Uma das acusações do pedido de impeachment é a assinatura de decretos com crédito suplementar sem autorização prévia do Congresso Nacional.


O ex-secretário adjunto do Orçamento Federal, Cilair Rodrigues, disse que os quatro decretos apontados pela denúncia foram aprovados em análises de departamentos jurídicos de diversos órgãos antes de chegar a Presidência da República.


Outra testemunha, o consultor jurídico do Ministério do Planejamento, Walter Baere de Araújo Filho, disse que somente depois da manifestação do TCU, o Tribunal de Contas da União, apontando irregularidades na assinatura dos decretos é que o órgão mudou a prática.


Como estratégia para ganhar tempo, os senadores pró-impeachment não fizeram perguntas às testemunhas. O senador Ricardo Ferraço, do PSDB, disse que essas testemunhas não levam em consideração as leis do país.


O advogado de defesa, José Eduardo Cardozo, ressaltou que querem usar decretos que sempre foram editados dessa forma para afastar a presidenta Dilma Rousseff.


Cardozo prometeu recorrer ao presidente do Supremo, Ricardo Lewandowki, para rever o tempo de fala das testemunhas. Cada depoente tem até três minutos para responder às perguntas dos senadores.


O ministro Lewandowski já negou um recurso neste sentido, mas Cardozo argumenta que na sessão dessa quarta-feira novos elementos provariam que três minutos não estão sendo suficientes.

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