Bate-boca marca primeira sessão do impeachment
Publicado em 25/08/2016 - 11:26 Por Priscilla Mazenotti - Brasília
* Matéria atualizada às 17h49 para complementação de informações e inserção de sonoras.
A manhã da primeira sessão de julgamento da presidenta afastada Dilma Rousseff foi marcada por muito bate-boca e tensão entre os senadores.
Desde cedo, os parlamentares de oposição acusaram os governistas de se articularem contra Dilma Rousseff e pediram para que denúncias contra outros parlamentares e contra o presidente interino Michel Temer fossem investigadas.
O auge da confusão ocorreu durante um discurso da senadora Gleisi Hoffmann, do PT, que falou em falta de moral na Casa. Houve protestos do senador Ronaldo Caiado, do Democratas. E o senador petista Lindbergh Farias, entrou na confusão e, com o dedo em riste, xingou Caiado.
Mais tarde, já com os ânimos refeitos, Caiado se explicou. Disse que estava apenas rebatendo um ataque. O mesmo argumento teve a oposição. A senadora Vanessa Graziotin partiu em defesa da colega Gleisi Hoffmann.
Confusão resolvida, os senadores se dedicaram às questões de ordem. Foram dez ao todo. Todas negadas pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowiski.
Os pedidos foram vários: para suspender o processo na parte relativa às contas de 2015 sob o argumento de que essas contas ainda não foram julgadas pelo Congresso, para o arquivamento das denúncias por entender que não houve operação de crédito no caso das chamadas pedaladas fiscais e questionamentos em relação ao relator, senador Antônio Anastasia, do PSDB, partido favorável ao impeachment.
Os senadores, agora, estão na fase de depoimentos. Para os questionamentos, os senadores terão doze minutos, entre pergunta, resposta, réplica e tréplica, mesmo que as sessões terminem durante a madrugada. Só depois disso, na segunda-feira, é que a presidenta afastada, Dilma Rousseff, será ouvida pessoalmente pelos senadores.