Mesmo contando com apenas três vereadores de seu próprio partido, o PRB e mais um do PTN, que é uma sigla coligada, o novo prefeito do Rio de Janeiro não deve encontrar grandes dificuldades no relacionamento com a Câmara Municipal. A julgar pela posição declarada por algumas figuras centrais do legislativo carioca, com exceção do PSol, as maiores bancadas ou já estão do lado do prefeito Marcelo Crivella ou mantém uma imparcialidade cordial.
O atual presidente da Câmara, Jorge Filipe, que deve se candidatar para permanecer no cargo, afirmou que ainda é prematuro dizer se o PMDB, com seus dez vereadores, dará carta branca a Crivella. Mas ele admite que o apoio no segundo turno da eleição foi indício de uma relação amistosa.
Já o PSol, que conseguiu fazer a segunda maior bancada da Câmara, com seis vereadores, vai manter a promessa feita pelo candidato derrotado Marcelo Freixo e deve representar a maior força de oposição ao novo prefeito. Mas, de acordo com a novata Marielle Franco, isso se dará com foco no programa de governo de Crivella, com o qual o partido de esquerda diverge profundamente.
A terceira maior bancada é a do DEM, de César Maia, que afirmou em nota que vai manter uma postura independente e que o partido deixou a questão em aberto, para que cada parlamentar escolha como quer se posicionar. Já o PSDB, que se destacou pela oposição consistente ao governo Eduardo Paes e que tinha seu próprio concorrente à prefeitura, Carlos Osório, resolveu dar um voto de confiança ao novo chefe do executivo. De acordo com a vereadora teresa Bergher, Crivella já consegui compor, inclusive uma maioria.
Já Carlos Bolsonaro, vereador mais votado da cidade e irmão de Flávio Bolsonaro, que também se candidatou ao Executivo declarou posição de independência. Mas a bancada do seu partido o PSC, que tem outras duas cadeiras deve realizar reunião na próxima semana para definir-se sobre o novo prefeito.





