O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral teria recebido propina, de quase R$ 30 milhões, do Grupo JBS em troca de uma fábrica na cidade de Piraí, no sul fluminense. Cabral foi citado na delação premiada de empresários da JBS.
O diretor de Relações Institucionais do grupo, Ricardo Saud, contou que conheceu Sérgio Cabral, em 2012, durante um almoço oferecido pelo então governador, no Palácio Guanabara, sede do governo do estado.
A empresa estava em busca de novos negócios no estado e se interessou por uma fábrica nova, parada, já montada na cidade de Piraí.
O empreendimento, que era da BR Food, tinha sido instalado com incentivos do governo estadual em uma área de mais de 400 mil metros quadrados, doada pelo estado.
De acordo com o delator, como a BR Food não colocou a fábrica em atividade, o empreendimento seria entregue ao Grupo JBS, por Sérgio Cabral, em troca de propina para financiar a campanha de Luiz Fernando Pezão, ao governo do Rio, e de candidatos a deputado, além da compra de apoio de partidos políticos.
Ricardo Saud contou como foi a negociação do valor da propina.
O empresário afirma, no entanto, que Pezão não teria participado das negociações.
A reportagem não conseguiu contato com defesa do ex-governador Sérgio Cabral.