Em sessão esvaziada, a CPI da Previdência no Senado ouviu nesta segunda-feira os representantes dos cinco bancos que mais devem a Previdência Social. Juntos, o valor da dívida alcança mais de R$ 1,3 bilhões , segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Todos os representantes dos bancos alegam que as instituições têm o direito de recorrer na Justiça de cobranças que acreditam serem irregulares. Eles questionam o pagamento do imposto para o INSS de verbas como auxílio-creche, vale transporte ou alimentação e o terço constitucional de férias.
O diretor do Bradesco, Marcelo Santos, argumentou que não poderia ser cobrado imposto previdenciário sobre esses recursos.
O relator da CPI, senador Hélio José, do PMDB, criticou o que chamou de jeitinho dos bancos para não pagar o imposto.
O presidente da Comissão, senador Paulo Paim, do PT, disse que a saída é dar suporte para a Receita cobrar a dívida na Justiça.
Os cinco maiores bancos devedores do INSS são Itaú-Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Como a sessão estava esvaziada, os representantes dos bancos não foram questionados por parlamentares e ficaram de responder as perguntas feitas pelo relator até a próxima sessão da comissão.