Publicado em 06/06/2017 - 10:41 Por Danyele Soares - Brasília
Na retomada do julgamento da chapa da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer, a defesa de Temer aposta que seja aceita a tese de que fatos novos não poderiam ser incluídos no processo, que é de 2014.
Mas o relator, ministro Herman Benjamin, acrescentou no caso as delações da Odebrecht e os depoimentos do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Santana afirmou que Dilma sabia dos supostos pagamentos de propina. Mas a defesa da ex-presidente nega as acusações.
O advogado Luiz Fernando Casagrande apresentou em nome da defesa de Temer um parecer ao Tribunal Superior Eleitoral afirmando que uma ação não pode começar vazia e ficar à espera de fatos novos para encorpar a acusação.
Em entrevista à Rádio Nacional, o advogado explicou que a Constituição estabelece um prazo para que fatos novos sejam apresentados.
O advogado explicou ainda que, caso a chapa seja cassada, ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal. Como o recurso não suspende a decisão, Temer aguardaria a análise do pedido fora do cargo.
Mas o defensor destaca que se os advogados conseguirem uma liminar, Temer poderia continuar na presidência até a decisão final.
* Matéria atualizada às 16h12 para complementação de informações e inserção de sonora.