O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu vista no julgamento sobre a restrição de foro privilegiado para autoridades, como deputados e senadores.
Alexandre de Moraes foi o segundo ministro a ler o voto e após uma hora e meia de leitura pediu mais tempo para analisar o caso, não se posicionando sobre o tema.
Na sessão anterior, o relator, Luis Roberto Barroso, votou a favor de restringir o foro apenas aos crimes cometidos durante o exercício do mandato e a fatos relacionados ao cargo.
Barroso explicou que a discussão no Supremo não entra em contradição com o que foi aprovado no Senado.
Na sessão dessa quinta-feira (1º), Barroso continuou defendendo a restrição e disse que, se o foro privilegiado não fizesse diferença, não haveria o que ele chamou de "empenho" em mantê-lo, pois, segundo o ministro, o foro garante menos celeridade e até impunidade.
Apesar do pedido de vista, o ministro Marco Aurélio Mello adiantou o voto e também se posicionou pelo foro apenas em caso restrito ao exercício do mandato.
As ministras, Rosa Weber e Cármen Lúcia também decidiram acompanhar o voto do relator e restringir o foro.
De acordo com dados do Supremo, tramitam no tribunal 100 ações penais e mais de 400 inquéritos contra autoridades com foro privilegiado.
Não há data para a retomada do julgamento.





