Ministro diz que extinção de reserva não coloca em risco áreas de preservação e terras indígenas
Diante da repercussão negativa sobre a decisão de extinguir a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), localizada nos estados do Pará e Amapá, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, convocou a imprensa, na noite dessa sexta-feira (25), para prestar esclarecimentos.
O ministro ressaltou que a extinção decretada nessa quarta-feira (23) não coloca em risco as áreas de preservação ambiental e terras indígenas que integravam a reserva.
Ele argumentou que existem hoje 28 pistas de pouso clandestinas e mil pessoas praticando garimpo ilegal na região, e por ser uma reserva, a fiscalização ficava prejudicada.
Artistas e políticos têm se manifestado contra o decreto de extinção. O líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Trípoli, pediu à Casa Civil da Presidência da República que reverta a decisão.
O senador Randolfe Rodrigues, da Rede, apresentou um projeto de lei no Congresso para sustar o decreto.
A modelo Gisele Bünchen escreveu em seu tuíter que o governo estaria leiloando a Amazônia. O ator Cauã Raymon chamou a decisão de retrocesso que ameaça o futuro do país. Outros artistas famosos, como Luciano Hulk, Ivete Sangalo e Fafá de Belém, pediram o retorno da reserva.
Mariana Napolitano, coordenadora do núcleo de ciências da WWF Brasil, destacou que essa abertura pode promover uma corrida ao ouro para essa região, gerando degradação ambiental e conflitos sociais. A reserva havia sido criado em 1984.





