Financiamento de campanhas trava votação da reforma política na Câmara

A tentativa do Senado de fazer um texto de consenso sobre o financiamento público das campanhas não deu certo.

Na noite desta quarta-feira, os deputados rejeitaram analisar com urgência o projeto de lei que veio do Senado.

Agora, o relator da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido, do PT, corre contra o tempo para negociar com Casa Civil, Judiciário e parlamentares as regras sobre quais recursos vão abastecer o fundo público de campanha.

Uma nova sessão para votar este tema será feita na segunda-feira, a intenção é que na terça ou na quarta-feira da próxima semana, a proposta já esteja nas mãos dos senadores.

Vicente Cândido diz que se as regras não forem aprovadas, as eleições de 2018 serão críticas.

O relator deve apresentar um novo texto, mantendo a proposta do Senado de acabar com a propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão e usar este dinheiro para financiar as campanhas, junto com recursos das emendas parlamentares ao orçamento da União.

E acrescentando doações de pessoas físicas com limite de até dez por cento da renda ou dez salários-mínimos, como já foi aprovado pelos deputados.

Uma das polêmicas, é que os parlamentares querem que o fundo tenha um teto, e não apenas um piso, como estava no texto original.