Publicado em 09/11/2017 - 19:21 Por Sumaia Vilela - Brasília
A defesa do presidente Michel Temer pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que as investigações por organização criminosa contra os ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures não sejam enviadas aos juiz federal Sérgio Moro. Todos os acusados são do PMDB.
Esse é o mesmo processo onde são citados Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha. Todos são acusados de integrar um grupo do PMDB na Câmara que arrecadava propina de empresas em troca de favorecimento em órgãos públicos.
Fachin decidiu desmembrar o processo depois que a Câmara dos Deputados votou por não permitir a abertura de processo contra o presidente e os ministros, o que impede o prosseguimento da investigação até o fim do mandato de Michel Temer.
Fachin então fez o desmembramento para que os demais acusados, que não possuem foro privilegiado, sejam julgados em primeira instância.
No pedido, o advogado Eduardo Carnelós defende que a investigação poderia atingir o presidente, e ele não teria como se defender, o que geraria prejuízo a Temer.