Palácio do Planalto afirma em nota que acusação quer retirar Temer da vida pública
Palácio do Planalto
Publicado em 30/03/2018 - 20:20 Por Kariane Costa - Brasília
Em nota oficial, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República reafirmou que o Decreto dos Portos não beneficia a empresa Rodrimar.
A secom divulgou os documentos que sustentam a argumentação que a medida não se aplica aos contratos firmados antes de 25 de fevereiro de 1993, que é o caso da Rodrimar. E, que o decreto foi elaborado após criação de grupo de trabalho pelo Ministério dos Transportes que realizou um debate público.
O texto diz que autoridades tentam criar narrativas que gerem novas acusações baseadas em documentos forjados.
Para o Planalto, a investigação usa métodos totalitários, com cerceamento de direitos para obter testemunhos forçados que possam ser usados em peças de acusação.
Segundo o texto, a investigação busca também retirar o presidente Temer da vida pública e destruir sua reputação, querendo assim impedir que ele se candidate à presidência nas eleições deste ano.
O presidente trocou o feriado desta sexta-feira santa em São Paulo por reuniões no Palácio da Alvorada.
Temer recebeu o advogado Antônio Claudio Mariz e o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo do Vale Rocha.
O ministro da Secretaria-geral da Presidência, Welligton moreira franco e o ministro do gabinete de segurança institucional, Sérgio Etchegoyen também foram convocados, a assessoria da presidência não informou o que foi discutido, ninguém falou com a imprensa.
A reunião aconteceu depois da prisão do advogado José Yunes, ex-assessor da Presidência da República e do amigo pessoal de Temer, o Coronel aposentado, João Batista Lima.
Além de Yunes e João Batista foram presos o ex-ministro, Wagner Rossi, o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco e a empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário.
O inquérito apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar por meio da edição do chamado Decreto dos Portos, assinado por Temer em maio do ano passado.
A medida aumentou o prazo para as concessões de áreas portuárias, o que poderia ter beneficiado as atuais concessionárias.
A suspeita do Ministério Público é que houve pagamento de propina por parte de empresas em troca da publicação do decreto.
* Áudio e texto atualizados às 15h28 de 31/03/18.