A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal voltou a condenar o deputado federal Paulo Maluf, do Partido Progressista de São Paulo. Dessa vez, por falsidade ideológica para fins eleitorais. Além de 2 anos e 9 meses de prisão domiciliar e pagamento de multa, os ministros determinaram a perda do mandato. Maluf já estava afastado do cargo desde o começo do ano.
O subprocurador-geral da República, Paulo Gustavo Branco, afirmou que o deputado omitiu informações da prestação de contas eleitorais, de propósito.
A defessa de Paulo Maluf disse que não vai se manifestar. O deputado foi preso em dezembro do ano passado, condenado a 7 anos e 9 meses de prisão por lavagem de dinheiro quando era prefeito de São Paulo, de 1993 a 96. Em abril, a prisão preventiva foi convertida em domiciliar.
Também na Primeira Turma, os ministros começaram a julgar um pedido da Procuradoria-Geral da República para apreender 5 milhões e 600 mil reais em bens do senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, e da irmã dele, Andrea Neves. O relator, ministro Marco Aurélio, negou o pedido da PGR. Em seguida, o ministro Luís Roberto Barroso pediu vista do processo e suspendeu o julgamento.
A PGR acusa o senador de receber 2 milhões de reais em propina do empresário Joesley Batista. Andrea e Aécio Neves são investigados por corrupção passiva. O senador também responde por obstrução da Justiça. A defesa de Aécio Neves afirma que o valor era fruto de um empréstimo e que o simples fato de ele possuir mandato no Senado não o impede de pedir dinheiro a empresários.
* Texto e áudio atualizados às 21h55.