Um pedido de vista feito pelo ministro Gilmar Mendes adiou, por tempo indeterminado, o julgamento do novo habeas corpus para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal.
A defesa avalia que o julgamento de Lula, pelo ex-juiz federal Sérgio Moro, foi injusto, porque o futuro ministro da Justiça teria sido motivado por questões políticas.
Nessa terça-feira (4), Gilmar Mendes pediu mais tempo para avaliar a questão.
No habeas corpus, a defesa pede que Sérgio Moro seja considerado impedido, que o processo seja anulado e que o ex-presidente seja libertado.
O relator, Edson Fachin, destacou que ninguém está acima da lei e que os membros do Judiciário devem dar exemplo. E criticou a forma como os advogados agiram. Para Fachin, o pedido de habeas corpus apresentado não reúne provas convincentes de que a conduta de Moro desrespeitou o devido processo legal.
Fachin votou contra o habeas corpus e foi acompanhado pela ministra Cármen Lúcia. Faltam votar Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin, afirmou que a defesa espera que o julgamento seja retomado o quanto antes. E acrescentou que a estratégia é apontar possíveis erros no processo.
Também nessa terça-feira (4), o próprio Sérgio Moro foi questionado sobre o julgamento.
O ex-juiz respondeu que o assunto compete ao Judiciário e agora ele faz parte do Poder Executivo. Por isso, não iria comentar.





