Publicado em 20/12/2018 - 11:42 Por Lucas Pordeus León - Brasília
Policiais federais cumpriram nesta quinta-feira (19) três mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Minas Gerais. Os endereços são ligados ao senador Aécio Neves, do PSDB, incluindo a casa da mãe e a empresa do primo do parlamentar.
Esta é a segunda fase da chamada operação ROSS, que investiga o suposto pagamento de propina a Aécio feito pelos empresários da J&F, que controla a JBS, do ramo dos frigoríficos.
Segundo a Polícia Federal, os pagamentos teriam ocorridos entre 2014 e 2017 e serviria para Aécio, presidente do PSDB na época, comprar apoio político de 12 partidos na eleição presidencial de 2014. Os valores investigados chegam a R$ 110 milhõe.
A primeira fase da operação que investiga Aécio ocorreu há apenas 9 dias, quando foram realizadas buscas e apreensões em endereços ligados ao senador mineiro e outros parlamentares investigados.
A operação desta quinta-feira foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, sob o argumento de novos indícios de práticas criminosas.
Em nota, Aécio diz que recebeu a notícia de busca na residência da mãe com absoluta surpresa e indignação.
O senador defende que não há vinculação da mãe com os fatos apurados.
O advogado de Aécio, Alberto Toron, informa que a busca foi motivada por denúncia anônima de que o imóvel teria recebido caixas com documentos, o que seria mentira, segundo a defesa.
A nota informa ainda que a empresa do primo está fechada há anos, não havendo motivos para busca no local. Por fim, a nota de Aécio diz que ele está à disposição da Justiça e é o maior interessado na elucidação dos fatos. O parlamentar nega as acusações dos delatores, que chama de falsas e convenientes.
* Matéria atualizada às 15h01 de 19/12/18 para acréscimo de informações.