Parlamentares comentam expectativas que têm do governo Bolsonaro; oposição não vai à posse

Legislativo

Publicado em 01/01/2019 - 19:18 Por Lucas Pordeus León - Brasília

Parlamentares presentes na cerimônia de posse de Jair Bolsonaro comentaram as expectativas com o novo governo. E a oposição compareceu com poucos representantes na posse.

 

O senador eleito por São Paulo, Major Olímpio, do PSL, partido de Bolsonaro, defende que a prioridade deve ser a reforma da Previdência e aposta em mudança na relação entre Executivo e Legislativo.

 

Sonora: "As propostas de campanha colocados pelo Bolsonaro foram de uma mudança de relação entre os Poderes. E eu entendo que, até a chegada dos novos parlamentares, nós teremos uma facilidade muito maior pra essa articulação com o fim do modelo toma-lá-dá-cá."

 

O coordenador da Frente da Segurança Pública, também conhecida como Bancada da Bala, o deputado capitão Augusto, do PR paulista, defendeu que o Congresso será o calcanhar de Aquiles do presidente, e que é preciso aumentar a articulação com os partidos, e não apenas com as chamadas bancadas temáticas, como a ruralista e a evangélica.

 

Já o deputado Fábio Ramalho, do MDB mineiro, argumenta que Bolsonaro teve sete mandatos na Câmara, conhece bem a casa e tem articulado com todos os grupos de congressistas.

 

Sonora: "O presidente Bolsonaro tem conversado com todo mundo. Tanto com a parte temática, como os líderes. Ele tem uma maneira diferente de conversar e dialogar."

 

Com 29 deputados e três ministros no governo, o Democratas é um provável aliado de Bolsonaro. Mas, o presidente do partido, o prefeito de Salvador ACM Neto, presente na posse, diz que é preciso esperar qual será a agenda econômica do novo governo para decidir a posição da legenda.

 

Sonora: "O Democratas vai se reunir, em fevereiro, pra decidir se integrará a base do governo, a partir do conhecimento mais aprofundado dessa agenda que o governo tem, principalmente para o início dos trabalhos no Congresso."

 

Partidos de oposição, representados pelo PT e o PSOL, anunciaram que não iriam à posse do presidente eleito, em parte como protesto à forma como Bolsonaro se refere às legendas. Já outros partidos de oposição, como PDT, PCdoB e PSB, mesmo sem anunciar boicote à cerimônia, não compareceram em grande número.

 

Um dos poucos que apareceu foi o deputado Pompeo de Mattos, do PDT gaúcho, que defendeu fazer uma oposição pontual.

 

Sonora: "Essa oposição pela oposição é uma fase que passou. As pessoas já não querem mais isso. O PDT é oposição, mas é uma oposição madura. Nós vamos ver caso a caso, projeto a projeto."

 

Os parlamentares que venceram a eleição de 2018 tomam posse no próximo dia 1º de fevereiro, dando início aos trabalhos no Legislativo.

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