Bolsonaro autoriza celebração do 31 de março de 1964; mensagem será lida nos quartéis
Quartéis
Publicado em 26/03/2019 - 09:36 Por Priscilla Mazenotti - Brasília
O presidente Jair Bolsonaro aprovou a mensagem que vai ser lida nos quartéis no dia 31 de março, data em que os militares comemoram a derrubada do então presidente João Goulart, em 1964, e a instalação no país de um regime controlado pelas Forças Armadas, que durou 21 anos.
A celebração foi confirmada, nessa segunda-feira (25), pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros. De acordo com ele, o presidente da República refuta o termo "golpe" para classificar a mudança de regime em 1964.
Sonora: "O presidente não considera o 31 de março de 1964 golpe militar. Ele considera que a sociedade reunida, e percebendo o perigo que o país estava vivenciando naquele momento, juntou-se civis e militares e nós conseguimos recuperar e recolocar o nosso país num rumo que, salvo melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém".
O presidente Jair Bolsonaro não participa da celebração da data, uma vez que, no dia 31 de março, vai estar em viagem oficial a Israel. Ele embarca no sábado (30) e volta ao Brasil no dia 02 de abril.
A celebração da instituição do regime que assumiu o controle do país em 1964, definida pelos militares como "Revolução de 1964", não é uma novidade nos quartéis. A prática chegou a ser formalmente vetada pela então presidente Dilma Rousseff, em 2012, mas continuou a ocorrer informalmente.
*Com informações da Agência Brasil.