CPI da Pandemia deve ter ministro e presidente da Anvisa nesta quinta

Marcelo Queiroga e Antônio Barra Torres farão depoimentos

Publicado em 05/05/2021 - 22:27 Por Kariane Costa - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

Está prevista a participação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, neste terceiro dia de depoimentos na CPI da Pandemia. Queiroga está à frente da pasta da saúde há pouco mais de um mês. 

A participação do atual ministro deve ser focada no plano de vacinação. Já Barra Torres deve tratar dos processos de autorização de vacinas contra a covid.

Nessa terça-feira (5), a CPI o ouviu o ex-ministro da saúde Nelson Teich. O uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada no tratamento da covid-19, como a cloroquina, foi tema central do debate.

Teich afirmou que deixou o Ministério da Saúde porque havia discordâncias entre ele e o governo com relação ao uso da cloroquina, e também por não ter autonomia na sua gestão em relação a esse medicamento. Ao longo de mais de 6 horas, Teich respondeu aos questionamentos de senadores como senador Humberto Costa do PT e o senador Marcos Rogério do Democratas.

O ex-ministro ainda foi questionado se sabia da produção de cloroquina pelo laboratório do exército ou se houve orientação do Ministério da Saúde para a distribuição desse medicamento a populações indígenas. Teich informou que não recebeu nenhuma orientação sobre esse assunto.

Nelson Teich que ficou à frente do Ministério da Saúde por apenas 28 dias, entre abril e maio do ano passado, também foi confrontado se houve conversas à época sobre o Brasil adotar a estratégia chamada de imunidade de rebanho – na qual prevê que a imunidade é alcançada depois que uma grande parcela da população tenha sido infectada pelo vírus. Ele negou e disse também que seria um erro esse caminho. E defendeu que a imunidade eficaz contra à covid-19 é a vacina.

O ex-ministro disse ainda que iniciou um projeto para a criação de um programa nacional de isolamento e distanciamento e que também trabalharia com o uso de máscaras e higienização das mãos. Teich contou que propôs à época um plano de comunicação em nível nacional para alertar e orientar a população sobre cuidados para evitar o coronavírus, mas que a proposta não caminhou.

O ex-ministro também foi questionado sobre a responsabilidade na dinâmica de abertura e fechamento de leitos durante a segunda onda da doença.

Após o depoimento de Nelson Teich, a CPI anunciou a convocação dos representantes dos laboratórios da Pfzier e Sputinik V, além do ex-ministro das relações exteriores Ernesto Araújo e o ex-secretário de comunicação do governo Fabio Wajngarten. Araújo dará explicações sobre a política externa para aquisição de insumos e vacinas. Já o ex-secretário deve falar sobre as estratégias de comunicação em relação à pandemia.

Edição: Jéssica Gonçalves/ Luiz Claudio Ferreira

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