Dimas Covas: impasses na negociação atrasaram início da imunização

O diretor do Butantan depõe na CPI da Pandemia no Senado

Publicado em 27/05/2021 - 16:30 Por Leandro Martins - Rádio Nacional - Brasília

Em depoimento à CPI da Pandemia no Senado, nesta quinta-feira (27), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que, em dezembro de 2020, o Brasil já tinha disponível cinco milhões de doses da Coronavac prontas para a vacinação.

Mas, de acordo com o diretor, impasses em torno da negociação e a demora na autorização para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atrasaram o começo da imunização no país.

Ele explicou que, em janeiro deste ano, o governo federal propôs a compra de 100 milhões de doses da Coronavac, mas que, naquele momento, a meta não poderia ser cumprida porque a farmacêutica chinesa Sinovac também precisava atender a contratos com outros países.

O primeiro contrato da empresa com o Brasil foi fechado no dia 7 de janeiro, antes da aprovação do imunizante pela Anvisa, que ocorreu 10 dias depois.

Perguntado sobre a necessidade de se aplicar uma “terceira dose” da vacina, por causa da chegada de novas variantes da covid-19, como a da Índia, Dimas Covas afirmou que acha provável que sim.

De acordo com Covas, essa será uma necessidade de qualquer imunizante contra o novo coronavírus. O diretor também foi questionado sobre a eficácia da Coronavac, depois que foram relatados casos de pessoas que receberam duas doses do imunizante, mas não apresentaram anti-corpos em testes de laboratório.

Covas ressaltou que a Coronavac é a vacina mais aplicada no Brasil até o momento. Mesmo com a demora na chegada de insumos vindos da China, o Butantan conseguiu cumprir o contrato, com um atraso inferior a duas semanas.

Para este mês, a previsão é de que sejam entregues 5 milhões de doses, em vez das 12 milhões previstas inicialmente, por causa do atraso no recebimento do insumo farmacêutico ativo (IFA).

Edição: Bianca Paiva / L Pedrosa

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