CPI da Pandemia lista 14 pessoas que passam a ser investigadas

Publicado em 18/06/2021 - 18:20 Por Leandro Martins, Repórter da Rádio Nacional - Brasília

O relator da CPI da Pandemia do Senado, Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, divulgou nesta sexta-feira uma lista com 14 pessoas que, inicialmente eram testemunhas, e agora passam a ser investigadas. Entre elas, estão o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; os ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello e das Relações Exteriores Ernesto Araújo e o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten. Segundo o senador, entre os critérios, foi levado em conta que essas pessoas já prestaram depoimento à CPI.

E o que vai mudar na prática? Agora, os investigados podem constar na lista de indiciados pela Comissão Parlamentar de Inquérito, quando forem concluídos os depoimentos, e se os senadores apresentarem uma denúncia ao Ministério Público.

Os nomes foram apresentados por Renan Calheiros depois que ele abandonou a reunião da CPI que ouviu, nesta sexta-feira, dois médicos que defendem o tratamento da covid_19 com medicamentos, a partir dos primeiros sintomas: Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves. Por causa desse posicionamento, o senador se recusou a fazer perguntas aos depoentes.

Para Zimerman, médico infectologista e ex-presidente da Associação Gaúcha de Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, o uso de remédios para tratar o coronavírus é necessário, mas cada paciente precisa receber atendimento individualizado.

Zimerman disse que é contra o paciente procurar o hospital apenas quando estiver com falta de ar, aumentando a chance de complicações da doença, porque muitos chegam em estado grave, e mais de 80 por cento dos intubados morrem. Zimerman apontou como se deve enfrentar a covid, e fez ressalvas ao lockdown.

Francisco Alves, especialista em Infectologia pelo Instituto Emílio Ribas e diretor-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, também defendeu o tratamento da doença a partir dos primeiros sintomas. Segundo o médico, o uso de remédios fora da prescrição da bula, não é prática antiética na medicina. E que existe apoio do Conselho Federal de Medicina para esse uso.

Do lado de fora da reunião, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, comunicou que foi requerido também a quebra de sigilo de mais de dois mil e 200 arquivos enviados à Comissão. Entre eles, há documentos do Ministério das Relações Exteriores sobre negociações de vacinas.

Edição: Bianca Paiva/ Beatriz Arcoverde

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