Falta de campanhas e fake news podem ter agravado efeitos da pandemia

Publicado em 05/07/2021 - 15:05 Por Leandro Martins - Brasília

A veiculação de notícias falsas e a comunicação insuficiente podem ter agravado os efeitos da pandemia do coronavírus no Brasil. Essa é a conclusão apresentada nesta segunda-feira, em debate no Senado, na Comissão Temporária da Covid-19, que acompanha as medidas de combate à pandemia.

O diretor-adjunto da ABIN, a Agência Brasileira de Inteligência, Frank Oliveira, começou a audiência explicando a diferença entre as fake news e a desinformação. Pare ele, enquanto as fake news são divulgadas de forma não intencional, a desinformação é a produção e divulgação massiva de notícias falsas, com objetivo de manipular a opinião pública.

Murilo Aragão, fundador da Arko Advice, empresa de análise política, aponta que o Brasil tem uma imprensa de alta qualidade, embora existam conflitos ideológicos já tradicionais. Ele vê mais risco de fake news nas redes sociais uma vez que as plataformas sociais deram ao cidadão a possibilidade de se comunicarem de forma mais ampla, mas, por outro lado, há uma certa irresponsabilidade nessas ações.

Já Paulo Jerônimo de Sousa, presidente da ABI, a Associação Brasileira de Imprensa, acredita que faltou comunicação massiva para alertar sobre os perigos da Covid. Ele citou os 164 jornalistas que morreram desde o início da pandemia.

No Amazonas, o alto número de casos fatais de coronavírus foi provocado pela lotação dos hospitais e das unidades de saúde, somada à distância da capital Manaus dos outros municípios – e não a falhas na comunicação. Essa é a análise da secretária de Comunicação do governo do Amazonas, Josiclecia Nogueira. 

Para o diretor do Departamento de Mídia e Promoção, da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, Ricardo Martins da Veiga, o governo federal agiu com seriedade na informação da população, com campanhas informativas desde o início da pandemia.

A comissão temporária da Covid 19 será prorrogada por mais 120 dias, por requerimento apresentado pelo presidente do colegiado, senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia.

Edição: Sâmia Mendes / Guilherme Strozi

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