Tolentino nega à CPI ser sócio da FIB Bank, mas não responde perguntas
Publicado em 14/09/2021 - 18:11 Por Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
Atualizado em 14/09/2021 - 18:11
O advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva, que depôs nesta terça-feira (14) na CPI da Pandemia, no Senado, negou envolvimento na negociação da vacina indiana Covaxin. Ele argumentou que foi hospitalizado em janeiro, com covid, e que desde lá segue em tratamento de sequelas da doença.
Tolentino é apontado por alguns senadores como “sócio oculto” da empresa FIB Bank. Essa companhia é acusada de ser a fiadora da empresa Precisa Medicamentos, suspeita de tentar vender a vacina Covaxin acima do preço de mercado para o Ministério da Saúde.
Marcos Tolentino, no entanto, negou qualquer vínculo com a FIB Bank e tampouco participação societária.
Tolentino depôs com um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, que o permitiu não responder a perguntas que pudessem incriminá-lo. Depois de sua fala inicial, o depoente usou o direito de permanecer em silêncio, e se recusou a responder várias perguntas feitas pelos senadores.
Lembrando que o depoimento de Tolentino deveria ter sido no dia primeiro deste mês. Mas ele não compareceu, alegando problemas de saúde.
E a CPI da Pandemia está caminhando para a reta final. Segundo o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI, o relatório pode ser apresentado e votado até o final de setembro.
Nesta quarta-feira (15), quem vai depor é o advogado Marconny Albernaz de Faria, suspeito de ter atuado como lobista da Precisa Medicamentos na tentativa de venda da vacina Coxavin para o Ministério da Saúde.
Edição: Raquel Mariano / Guilherme Strozi