O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, deve depor na CPI dos atos antidemocráticos em reunião fechada. Isso é o que foi aprovado, na manhã desta quinta-feira (09), no plenário da Câmara Legislativa do DF. A decisão foi fruto de um pedido do Deputado Chico Vigilante, presidente da Comissão, e assinado pelos cinco membros da CPI.
O depoimento de Torres estava marcado para esta quinta-feira, mas o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou que o ex-secretário ficasse em silêncio durante a sessão e deu a opção para que ele pudesse ou não comparecer. Diante disso, a defesa do acusado, pediu que o depoimento fosse feito de maneira fechada, para evitar a exposição na mídia.
A reunião reservada está marcada para a manhã do dia 16 de março, apenas com a presença dos membros da CPI. Chico Vigilante destacou que Torres tem o direito de não querer se expor mas que a comissão precisa ouví-lo.
O deputado Fabio Felix votou a favor do pedido mas destacou que esse depoimento fechado não pode se tornar rotina nas CPIs porque são assuntos de interesse de toda a sociedade.
Torres está preso desde o dia 14 de janeiro. Ele é investigado por suspeita de omissão durante os atos golpistas em Brasília, no dia 8 de janeiro. Ele nega as acusações.
Na sessão da manhã desta quinta, a Câmara Legislativa também aprovou a convocação de outras autoridades, como a coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Cintia Queiroz de Castro, que é subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF.