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Política

Falta de energia de hoje não pode ser chamada de apagão, diz ministro

Alexandre Silveira participou do programa "Bom Dia, Ministro", da EBC
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Gabriel Brum - Repórter da Rádio Nacional
14/10/2025 - 11:45
Brasília
Brasília (DF) 14/10/2025 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, dá entrevista ao programa Bom Dia, Ministro  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A interrupção de energia elétrica em vários estados na madrugada desta terça-feira (14) não foi causada por geração insuficiente, afirmou o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele participou do programa "Bom Dia Ministro", produzido pela EBC. O que aconteceu foi que um incêndio em uma grande subestação no Paraná fez o sistema desligar outros estados para reprogramação de carga.

De acordo com o ministro Alexandre Silveira, foi um problema de transmissão. Por isso, o caso não pode ser chamado de apagão. O termo faz referência à falta de energia suficiente para atender a demanda do país.

"Não é falta de energia. É um problema na infraestrutura que transmite a energia. Então, portanto, é, quando se fala em apagão, a gente sempre lembra daqueles tristes episódios de 2001 e de 2021, que na verdade aconteceram por falta de energia e falta de planejamento. Hoje não. Hoje nós temos muita energia, mas é um episódio pontual que a ONS deu pronta resposta, graças ao moderno sistema do nosso operador nacional", diz.

O ministro defendeu a aprovação da Medida Provisória que abre o mercado livre de energia no país. O texto, que está no Congresso Nacional, prevê que consumidores possam escolher de onde comprar a energia.

"Eu acredito que o Congresso vai dar uma boa resposta ao setor elétrico e a gente possa, até, que foi a proposta do governo, até dezembro de 27, todos os consumidores, incluindo o pequeno comerciante, a classe média, possa comprar a energia no aplicativo, como já acontece em Portugal. Todo mundo vai no aplicativo, escolhe de quem comprar, e assim acaba com o oligopólio das energias por parte das distribuidoras", aponta.

De acordo com o ministro, a competição no setor elétrico pode gerar redução de cerca de 20% nos preços.

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