O período de final de ano é marcado pelo aumento das chuvas e das cheias dos rios na Amazônia. E com isso, cresce o risco de ataques de animais peçonhentos à população, como cobras, aranhas, escorpiões, lagartas e abelhas.
Em Rondônia, segundo dados da Agevisa, Agência Estadual de Vigilância de Saúde, até 11 de novembro, foram mais de 1,5 mil acidentes com esses bichos. A maioria, 930, foi de picadas de cobras.
A Coordenadora do Programa de Acidentes por Animais Peçonhentos do estado, Alessandra Dantas, explica o que deve ser feito nesses casos.
“A orientação é que fique calmo e acalme o acidentado. Lave o local com água e sabão, evitando contato com sangue. Retire anéis, pulseiras, cintos, sapatos e outros objetos apertados que possam impedir a circulação do sangue. Mantenha a pessoa deitada. O movimento e o esforço aumentam a circulação do sangue e, consequentemente, a ação do veneno. Leve o paciente o mais rápido possível para o hospital”.
O governo de Rondônia afirma que mantém em estoque o soro antiofídico – que age contra picada de cobra, aranha e escorpiões - em todas os serviços de saúde do estado.
As chuvas contribuem para o aumento das ocorrências, já que potencializam o crescimento da vegetação, favorecendo um ambiente para abrigo e reprodução de animais perigosos. O acúmulo de lixo é outro fator que possibilita o aparecimento desses bichos nas residências.
Para evitar ataques, a população deve adotar medidas protetivas e de limpeza nas casas e nos locais de trabalho. Uma das orientações é sempre utilizar botas durante a realização de tarefas em áreas abertas, como quintais e lavouras.
Em qualquer emergência com animais peçonhentos, a população pode ligar para a Polícia Militar Ambiental ou para os Bombeiros nos telefones 190 ou 193.