Publicado em 19/11/2019 - 15:57 Por Dayana Vítor - Brasília
Sete em cada dez brasileiros já acreditaram em informações falsas que receberam pelas redes sociais sobre imunizações como: vacinas causam autismo, imunização contra a gripe provoca buraco no braço, Ministério Público Federal proibiu vacina contra o HPV.
É o que revela o estudo “As Fake News estão nos deixando doentes?”, feito pela rede social Avaaz, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações. O levantamento foi realizado com duas mil pessoas em todo o país.
O motorista Marco Aurélio fica com dúvidas quando recebe notícias nas redes sociais sobre as vacinas, mas procura a informação correta. Por isso, nunca deixou de vacinar a filha Yasmim, de quatro anos.
Apesar de grande parte dos brasileiros acreditar nas notícias falsas sobre vacinas, a maioria nunca deixou de se imunizar ou de proteger uma criança sob seus cuidados: oitenta e sete por cento. Mas, 13% ficaram sem proteção, ou seja, 21 milhões de pessoas.
Esses não vacinados justificaram a escolha porque não acharam a vacina necessária, por medo dos efeitos colaterais graves após a dose, receio de contrair a doença que estava tentando prevenir com a vacina. Também por causa das notícias, histórias ou alertas online ou devido a informações de líderes religiosos.
A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, explica que a origem das informações falsas sobre vacinas é de fora do Brasil.
A pesquisa sobre fake news e vacinas também revelou que a maioria fica informada sobre as imunizações pela televisão, rádio, jornais e site de notícias.
Em caso de incerteza sobre as vacinas, a melhor fonte é o Ministério da Saúde. É possível encaminhar a dúvida para o whatsapp do órgão o (61) 9-99289-4640. Também é recomendável acessar o site do ministério ou procurar seu médico.